5 de julho de 2011

Algumas coisas que toda pessoa não casada deveria saber...

Quem me conhece bem sabe que eu nunca fui uma "expert" em relacionamentos sérios. Mas uma coisa da qual eu entendo um pouco, ao contrário de casamento, namoros, compromisso, é sobre os rolos de ser solteira.

Só pra ficar claro - sou casada há mais de 4 anos e me sinto completa e feliz. Este post não é sobre o que eu quero ou quem eu sou, mas sim escrito para todos os meus amigos e amigas, primos e primas, irmã, e todos os solteiros e solteiras em geral. E quando digo "solteira", quero dizer qualquer pessoa que não seja casada ou que não more com os respectivos pretendentes.

Sinto que preciso explicar o que me inspirou a escrever sobre isso. Fazem anos que vejo muita gente que gosto demais sofrendo porque se deixou iludir com um relacionamento que não valia a pena desde o princípio. E chega agora o momento de mencionar um ditado antigo que todo mundo conhece, mas que vale repetir - "O pior cego é aquele que não quer ver".

Com pouquíssimas exceções, é geralmente descomplicado perceber quando alguém gosta da gente de verdade. Todo santo dia existem revistas e blogs publicando mil maneiras de se "decifrar" o que o seu pretende está pretendendo. Dez mil maneiras de conquistar uma pessoa inconquistável. Quinhentas mensagens de texto que vão transformar seu sapo em príncipe encantado. Dez maneiras sexy de se pedir um drink e sair do barzinho com um anel de noivado no dedo. Agora, falando sério, alguém já tentou algumas dessas coisas que os artigos sugerem? E se sim, alguém se deu bem?

O que eu tô querendo dizer é que a gente complica o que não é complicado. Ou a pessoa gosta de você, ou não gosta. Simples. Tudo que faça você se sentir qualquer coisa além de feliz e completa(o) não vale a pena gastar seu tempo e energia. Descaso, desrespeito, ciúmes doentio, obsessão, desconfiança, palavras demais e ações de menos, falta de liberdade NUNCA são sinais de amor, e sim sinais de "sai dessa enquanto dá tempo!".

Quando alguém se importa com a gente, é uma coisa até meio óbvia. Afinal, é impossível alguém não ter 5 minutos do seu dia pra fazer uma ligação ou mandar um email ou uma mensagem de texto, nem que seja pra dizer "te ligo amanhã porque estou sem tempo hoje". Esse alguém quer te ver feliz e não vai te dar motivos pra desconfiança. Quando alguém gosta da gente de verdade, esse alguém NUNCA nos machuca ou ameaça machucar, nem psicologicamente e nem fisicamente, independente do que tenha acontecido. É importante se entender a GRANDE diferença entre briguinhas entre casais e abuso físico e psicológico. Eu acho importante mencionar isso porque, só no ano passado, vi esse tipo de abuso acontecer com 4 (!!!!) pessoas que eu gosto, em 3 países diferentes (3 queridas e 1 querido). Ou seja, é sim mais comum do que se pensa, e não importa a cultura ou se é homem ou mulher, tem gente louca em todo o canto desse mundo.

Bom, independente da sua solteirice - se você está feliz com sua vida solteiro, se você está namorandinho e feliz do jeito que as coisas estão, se você está a procura da sua alma gêmea, ou se você já está com um pé no altar, entenda sempre que palavras são fáceis mas algumas vezes insignificantes. São as ações que mostram a verdadeira pesonalidade de alguém. E eu digo isso não só pra nós sabermos o que esperar das outras pessoas, mas também pra lembrar que é importante demonstrarmos o que sentimos pelos outros - nem que seja com ações pequenas, pois às vezes estes pequenos gestos deixam o dia de quem gostamos bem mais feliz. :)


11 de maio de 2011

Auckland - uma viagem pelo mundo!

A maioria das pessoas sonha em viajar, em explorar um país diferente, uma cultura interessante, mas muita gente acaba se acomodando, deixando estes sonhos pra depois. A vida acontece, e muitas vezes acabamos perdendo a oportunidade de colocar em prática nossos planos mais distantes, mas a verdade é que nunca é tarde demais para se abrir a mente, fazer novas amizades e aprender sobre seu bem mais importante - você.

Independente de situação financeira, idade e disponibilidade, fazer a viagem dos seus sonhos é sim possível com apenas duas coisas: iniciativa e planejamento.

Minha irmãzinha acabou de voltar de uma viagem que acabou se tornando também uma lição de vida, portanto, inspire-se. :) Publico abaixo o texto escrito pela Manu sobre essa aventura - obrigada por dividir sua experiência, sis!!

Auckland - uma viagem pelo mundo!
(Manuela Schneider)

"Dois meses. Este foi o tempo em que passei pela maior e melhor aventura da minha vida - até agora - morando em Auckland, Nova Zelândia.
Quando decidi viajar, tinha um único objetivo: aprender inglês. Quando estava indo embora, tive uma única certeza: de que fiz a coisa certa. E a escolha de Auckland foi por acaso, para a minha sorte!
Estar em outro país, conviver com pessoas de outras nacionalidades, entender melhor outras culturas, não só abriu minha mente, mas também meu coração... e me fez repensar em tudo que eu acreditava ser verdade absoluta.
Morar em Homestay, na casa da familia que morei por um mês, em uma casa cheia de amor, onde a educação é primordial e o carinho é semeado a cada dia me fez perceber o quanto é importante a família em todos os momentos de nossa vida! E também me fez pensar que não é preciso ser criança para aprender novas lições todos os dias, basta estar vivo!
Ter amigos que, mesmo falando um idioma diferente do seu, falam a mesma lingua que você, e isso me fez perceber que você leva anos para aprender um idioma, mas pode levar dias para compreender um amigo... e que o tempo não pode ser considerado pelos seus minutos, e sim por tudo que ele pode te proporcionar em um curto espaço de tempo e pela sua intensidade!
Auckland é uma cidade belíssima. Cheia de parques, culinária de todos os lugares do mundo, rica em lazer, cultura e educação. Um lugar onde você pode ter momentos de paz a beira mar, sentada em um parque ao som de uma banda de jazz ou você pode optar pelo agito da principal avenida da cidade "Queen Street" e seus variados bares e restaurantes que reunem o mundo todo em um só lugar. Lá você encontra de tudo, pessoas de todos os lugares do planeta e o melhor cookies do mundo (só quem foi sabe do que estou falando), além dos eventos de rua que colorem a cidade e encantam pela variedade, organização e beleza!
Eu vivi um misto de sentimentos: alegria, tristeza, saudades, decepção, amor, orgulho, medo, felicidade, saudades, dúvida, incertezas, solidão, emoção, paixão, saudades, e dor. Quando você está longe, você nunca sabe ao certo qual é o sentimento que prevalece, pois TUDO é muito intenso. A alegria de um momento especial, a tristeza de um acontecimento ruim, a dor silenciosa e solitária pela morte do meu avô, a saudades da família e dos amigos, o medo de quando você chega na cidade, e o medo quando você vai embora!
Pessoas muito especiais fizeram parte desta viagem, desde meu professor de inglês no Brasil que me deu base pra que tudo fosse possível até as pessoas fantásticas que conheci lá!
Ter amigas brasileiras me deu força em todos os momentos e tornava qualquer tristeza em alegria; e ter amigos de outras nacionalidades me permitiu viajar um pouco por este mundo, me sentir em diferentes lugares em cada nova descoberta.
Estudei com árabes, chineses, japoneses, coreanos, brasileiros, colombianos e turcos, e tive o privilégio de trazer um pouco mais do mundo deles para o meu. E o mais engraçado é que mesmo sabendo a diferença cultural que tem cada país, os costumes, as pessoas, os idiomas, você percebe que no fundo somos todos iguais! E quando o coração bateu mais forte? Foi tão pouco tempo, e parece que foi uma eternidade! Me apaixonar fez a viagem ainda melhor, e a volta muito mais dolorida... mas me proporcionou momentos memoráveis, que só de lembrar sinto meu coração batendo mais forte! A saudades é algo que ainda estou aprendendo a lidar, mas a certeza de que tudo valeu a pena!

Quem diria que meu melhor amigo seria árabe? E quem já não sabia que minha melhor amiga seria uma brasileira? Eu tive sorte, apesar de ter conhecido muita gente, tive poucos amigos, os melhores sem dúvida!
Meus dias eram longos... pela manhã, banho, café e arrumar o quarto... durante toda a tarde eu tinha aula, e depois sempre algo diferente! Enquanto morei com minha família, a volta pra casa era longa, mas o jantar compensava! Chegar em casa, ver as crianças brincando, lendo, ou correndo pelo quintal era sem dúvida o melhor momento do dia, aquele momento em que você esquece de absolutamente tudo e agradece a Deus pela oportunidade. E não é exagero, Bethany e Jacob eram realmente crianças abençoadas, graças a família que, sem dúvida foram as pessoas mais especiais que tive o privilégio de conhecer.
Quando morei sozinha, foi mais difícil... mas muito válido. Tive ao meu lado um grande amigo, companheiro que me faz falta em cada minuto do meu dia. Estar com ele era diversão garantida... fosse em casa fazendo absolutamente nada, num café fazendo nossa tarefa, no cinema assistindo "qualquer filme" só pra ter algo diferente pra fazer, ou na escola me enxendo o saco.
Ele foi mais que um amigo.. foi minha família, meu professor de inglês, alguém que me ensinou muito, e por quem tenho enorme carinho! Cada dia era uma novidade, e cada novo dia era maior a tristeza de que tudo estava chegando ao fim.
Esta é uma experiência que recomendo a todo mundo, que espero repetir, e que sinceramente não me arrependo de absolutamente nada. Enfim, o que trago comigo além das lembranças é a certeza de que não importa quem você seja, o importante é nunca deixa de ser você. E que não importa em que lugar do mundo você esteja, você nunca estará sozinho."

22 de março de 2011

Chá de quê?????

Toda cultura, religião e família tem suas tradições. Desde pequenos almoços de domingo até grandes comemorações que movem um país inteiro, senão vários países inteiros às vezes.

É claro que cada detalhe de cada tradição tem sua explicação, sua importância e muitas vezes chega a ser quase uma aula sobre certa cultura e sua história.

Mas, a não ser que você entenda os motivos reais de todas as tradições que fazem parte da sua vida, o que deixarei bem claro que NÃO É o meu caso, tem coisas que quando a gente começa a "filosofar" sobre elas, estas coisas começam a fazer ainda menos sentido. Mas ei, não estou reclamando, só filosofando.

Vou começar com um exemplo simples, que é parte do nosso dia-a-dia e que todo mundo faz - comer.
É claro que a gente precisa comer e beber desde sempre pra poder viver. Agora, pense na situação de ir a um restaurante. Você chega lá e tem uma mesa já a sua espera, com uma cozinha e um cozinheiro, mais um garçom que leva a comida da cozinha até a sua mesa. Daí você escolhe o que quer beber, e dependendo do que você pedir, o tamanho e formato do seu copo vai ser diferente - um cálice para vinho, um copo de cerveja pra cerveja, um copo comum pra refrigerante, um copo maiorzinho pra suco de fruta. Se você for pedir uísque ou tequila ou um martini então, as opções de copos só estariam começando.
Gente, copo é copo. Ou você acha que tomar tequila em cálice de vinho muda o gosto da tequila?Não! Talvez mude a "experiência", e as pessoas vão te achar brega. Mas só porque, um dia, alguém disse que vinho se toma em um cálice e o povo em volta gostou da idéia, esta veio a ser então a tradição até hoje.
E os guardanapos... tem aqueles de lanchonete, que parece que a gente tá limpando a boca com uma página de revista, daí tem os de papel pequenos, grandes, coloridos, com florzinhas. E daí tem os guardanapos de tecido, e tem toda uma regra de quando colocar o guardanapo no colo e na mesa. Daí, se você usa o guardanapo de babador, é brega. Mas assim, quando você está comendo, e cai comida (seu babão!), a comida cai no seu colo ou na sua blusa? Quem falou blusa acertou!! A não ser que você coma igual a pessoa que inventou esta regra... Mas então, me explica, por que o guardanapo fica no colo? Nem vou começar a falar dos talheres...

Mas deixa eu mostrar um exemplo mais simples ainda - a trajetória do macarrão em um almoço de família. Você escolhe o macarrão no supermercado, pega ele da prateleira e coloca no seu carrinho de compras. Tira do carrinho de compras e dá pra moça do caixa escanear o preço. Daí ela coloca o macarrão em uma sacola. Você coloca a sacola no seu carro. Você chega em casa, tira a sacola do seu carro, coloca a sacola no balcão da cozinha. Daí você tira o macarrão da sacola e coloca em um armário ou em uma gaveta. Daí quando chega a hora de fazer o macarrão, você tira ele do armário ou gaveta, tira o macarrão da embalagem, coloca dentro de uma panela pra cozinhar. Daí o macarrão fica pronto e você come, certo? NÃO! Você pega um escorredor de macarrão pra tirar a água. Daí você pega um prato ou uma tigela bem bonita pra servir o macarrão, porque servir na panela é feio. Daí coloca o prato/tigela com o macarrão na mesa. Você pega seu outro prato e se serve de macarrão. E todo aquele trabalho que você teve leva menos de dez minutos pra ser consumido. E a trajetória do macarrão continua depois de você consumi-lo... Mas vamos deixar os detalhes deste "finale" pra outra hora. Agora, me diz - precisa de tanto nhénhénhé só pra comer um macarrãozinho com a família?

E as comemorações... Como explicar pra uma criancinha, por exemplo, a razão do Papai Noel ter tanta preguiça de fazer a barba, e por que ele tem aquela pança de chopp e usa um gorro com pom pom em pleno verão brasileiro... E o pior - por que fazem as criancinhas sentar no colo do suado Papai Noel, em pleno shopping center, pra todo mundo testemunhar este momento de tal desespero? Nem vou começar a filosofar sobre as árvores de natal com bolas penduradas e coelhos que trazem ovos de chocolate...

Quanto a grandes festas... Festas de casamento, formaturas, aniversários. Todas estas festas comemoram ou uma, ou algumas pessoas. Porém, todas estas festas normalmente incluem bem mais convidados do que "comemorados". E, de alguma forma, aqueles que estão sendo homenageados pagam toda a comida, bebida, decoração, música. Eu tenho CERTEZA que a pessoa que inventou estas festas era alguém que nunca conseguiu nem casar, nem se formar e era alérgico a bolo de aniversário. Só pode ser.

Chá de Panela já é uma coisa mais fácil de explicar. O nome já dá a entender que você tá fazendo chá em uma panela porque ainda não tem chaleira. Não é?
Mas como se explica Chá de Bebê?? Sério, se for julgar pelo nome, quem iria a um chá de bebê?Um monte de mulher que se reúne pra comer docinhos e tomar chá... DE BEBÊ??? MEDO!

Bom, mas eu acredito que muitas de nossas tradições e comemorações nos mantém conectados com a nossa cultura e com nosso passado. Quero deixar claro que, apesar das brincadeiras, respeito muito e reconheço que cada tradição tem sua importância e sua razão de estar entre nós até os dias de hoje.

No mais, quero expressar minha apreciação à extrema criatividade de todos os pais e avós que tiveram que explicar certas tradições aos seus filhos e netos antes da existência do google - pois tenho certeza que as explicações criativas eram bem mais interessantes do que qualquer explicação que o google possa nos dar hoje. ;)


23 de fevereiro de 2011

Botas, Anas e Orelhinhas.

Faz hoje uma semana que minha prima foi embora. Ela esteve nos visitando por um mês, o qual passou bem mais rápido do que deveria.

A Tata (ou Ana, Aninha, Ana Claudia, Tata-uga, Pinguinzinha haha) é uns 4 anos mais nova que eu. Quando eu morava no Brasil, esta diferença de idade era relativamente grande, pois quando eu era "aborrecente", ela ainda era criança. Daí quando fiquei adulta ela ainda era "aborrecente". Acredito que essa foi a razão por nunca termos nos aproximado mais naquela época.
Daí fui embora do Brasil, festei "até cair a peruca" [?], depois casei, voltei pro Brasil e foi então que a gente se aproximou um pouquinho. Mas depois voltei pros EUA e novamente estávamos distantes!

No comecinho do ano a gente conversou e ela disse que vinha me visitar em Chicago. Confesso que não sabia muito o que esperar da visita, pois a gente nunca teve a chance de passar um tempinho juntas depois adultas, e fiquei meio preocupada porque ela vinha no mês mais gelado do inverno de Chicago - inverno o qual acabou sendo um dos mais gelados e com mais neve dos últimos 40 anos! E o frio de Chicago não é para os fracos... ;)

Nos primeiros dias juntas, eu e a Tata já percebemos que tínhamos várias coisinhas em comum, incluindo a aversão a acordar cedo, o estômago com um buraco negro e uma habilidade excepcional em perder elásticos pra cabelo. Quanto mais o tempo passava, mais dessas coisinhas vinham a tona e, depois de um mês juntas, a gente já tinha virado quase irmãs. Eu digo "quase" porque nenhuma relação entre irmãs de verdade é real sem alguns arranhões e puxões de cabelo, e eu e a Tata viramos irmãs bem pacíficas. Ou seja, quase irmãs! hahaha
Até porque a Manu sabe que eu sou a irmã mais chata que existe. Eu implicava até quando ela não fechava a tampinha do shampoo no chuveiro. Daí quando a Tata nunca deixava nem um copo sujo em cima da mesa, e me pedia as coisas, até se podia usar meu shampoo, eu sabia que a gente ia se dar muito bem!

Pra sobreviver o frio de Chicago, tem algumas coisas que são indispensáveis - luvas, cachecol, gorro, cerola, inúmeras meias, jaqueta gigante. Porém, tem duas coisas que são as salvadoras: botas de neve e "orelhinhas". As orelhinhas são na verdade earmuffs, que parecem fones de ouvidos acolchoados, que servem pra deixar as orelhas quentinhas. Só quem já teve a sensação de que as orelhas iriam quebrar de tanto frio é que sabe a importância das orelhinhas!
A Tata trouxe com ela, de alguma forma, a maior nevasca dos últimos trocentos anos. Tinha tanta neve que a cidade inteira parou por um dia - as escolas, lojas e restaurantes estavam praticamente todos fechados! Tinha neve até a cintura por tudo. Claro que a gente não aguentou ficar em casa... e fomos dar uma voltinha no meio da nevasca, com ventos de carregar a gente junto. Quando chegou a hora de a Tata ir embora, ela já tinha se acostumado a usar galochas, orelhinhas, e ficava com calor de jaquetão quando a temperatura ficava acima de zero. Virou praticamente uma "Chicagona"!

Nós visitamos vários museus, MUITA loja, alguns restaurantes, baladinhas e barzinhos, mas são os nossos momentos juntas em casa mesmo, as conversas, as dancinhas, pidadinhas, cantorias e escadarias que finalmente nos permitiram uma aproximação digna de irmãnzinhas! I love you, Aninha!

Claro que eu não poderia deixar de mencionar o vídeo que marcou essa aproximação. Vídeo o qual pretendemos recriar um dia. Só não deu certo ainda porque é uma dança extremamente complexa e vamos precisar de MUITA prática pra chegar a perfeição. Com vocês, a Drunk Mexican Dance!


3 de janeiro de 2011

Ano Velho

Mais um ano termina, e chega o momento de reflexão e de renovação. A gente sempre quer mais, sempre quer tanto, e não tem nada de errado com isso. Porém, a gente tende a se deixar levar por esta época de tanta pressão pra querer melhorar, mudar, precisar mais - e muitas vezes esquecemos do mais importante: quem somos hoje, agora.

Na verdade, não é o futuro que molda quem somos, mas sim o nosso passado. Cada momento feliz que fica em nossa memória nos mostra que a felicidade é simples, pequena, passageira, mas que é frequente quando a gente sabe encontrá-la. Um abraço apertado em alguém que não víamos há muito tempo, uma manhã de sol depois de uma semana cinza, o cachorrinho escolher o seu colo pra deitar mesmo com a casa cheia de gente, uma cerveja bem gelada em um dia quente, uma sopa bem quentinha em noite fria, conversas na varanda, receber uma carta/email de quem a gente gosta muito, a primeira xícara de café do dia, chegar em casa depois de um dia cheio, chorar de rir, ser saudável o suficiente pra ter planos a longo prazo, ser saudável o suficiente pra comer o que quiser, encontrar uma foto e poder lembrar do momento em que ela foi tirada como se tivesse acabado de acontecer, saber que a ausência ou a distância não diminuem o amor e a presença de alguém em nossas vidas e pensamentos, que decepção machuca muito - mas que também nos mostra o verdadeiro caráter daqueles a nossa volta, ter alguém tão próximo que a gente sabe o que este alguém tá sentindo só pelo olhar, quando sozinho não sentir solidão, mas sim sentir paz, enfim.

A verdade é que o passado e o futuro existem, mas a gente só pode controlar mesmo é o presente. Quando a gente comemora o ano novo, comemora principalmente o que passou, e cabe a nós escolher quais desses momentos que passaram são os momentos que nos fazem o que somos hoje. Cabe a nós aprender com nossos erros, e principalmente entender que são os nossos acertos que nos fazem evoluir.

Feliz ano velho, e feliz ano novo pra todos nós!